segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Clientela….

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“Há duas maneiras de um homem a alcançar. Uma é pela cultura e outra é pela corrupção.”

Oscar Wilder

A clientela, na história romana, foi um grupo originário da plebe que, para sobreviver, se colocava a serviço de um patrício, que passaria a ser o seu patrono, recebendo deles assistência jurídica e terras para cultivo. Por sua vez, os clientes tornavam-se fiéis aos patrícios e votavam segundo a sua indicação.

Versão actualizada destes clientes encontram-se os compadrios, que através de promessas e trocas de favores, igualmente sobrevivem, melhor, vivem excelentemente, ao serviço dos seus padrinhos , cujo folar é recebido em conluios.

O oportunismo instalou-se como regra dos iluminados, que em terra de cegos usaram o olho que tinham, como meio de espiar conveniências e, através de manipulações, arrecadam o produto do saque, ainda que praticado de modo discreto, com aparência de cordato, em prol do bem público, sob um pretenso trabalho difícil, sem horário, pleno de responsabilidades, virtuoso…

A única virtude dos oportunistas é a sua capacidade de sobrevivência.

Para ser eficiente, o oportunista apresenta destreza e características que lhe permitam influenciar pessoas em resultado do seu proveito próprio, de modo lesto, com um desempenho capaz.

Se tivermos em conta que o verbo corromper significa tornar pútrido, podre, facilmente poderemos perceber, que a corrupção social significa o uso ilícito do poder, com a pretensão de transferir renda pública ou privada, de forma amoral, para grupos de indivíduos, inter- ligados por laços de interesse partilhado.

O suborno emana da natureza humana, tem história, o Judas que vendeu Cristo, o Viriato atraiçoado por Sertório… só mesmo a educação da consciência é capaz de controlar o ímpeto da perversão.

As democracias geram também abusos de poder, o sistema teórico sustentável, porém com uma prática subvertida, porque os intermediários do sistema criam teias de circulação, cujo percurso só é disponibilizado aos bem aventurados, que se regem pela avidez da riqueza, da fama, através da postergação dos outros, os mal amados, ainda que tidos como protectores sociais do bem comum.

A ciência de governar é neste país uma habilidade, uma rotina de acaso, diversamente influenciada pela paixão, pela inveja, pela intriga, pela vaidade, pela frivolidade e pelo interesse”. Eça de Queiroz

5 comentários:

  1. Muito interessante este teu texto; bom saber como se originou o acto de corromper e tudo a ele associado; podemos constatar que não há formas de governo imunes a esse acto; em todos elas há o ser humano e aí é que está o problema; mudam-se os tempos, mudam-se as idades e a corrupção continua, porque o ser humano, infelizmente ainda não atingiu aquele nível de verdade e consciencia para deixar esses actos vergonhosos de lado; não vai ser fácil que acabe!Para isso era preciso que o dinheiro fosse abolido, mas, mesmo assim, penso que os compadrios e favorzinhos continuariam. Um beijinho e parabéns pelo tema. Uma boa semana
    Emília

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  2. Menina, pensando de uma forma saudavel sobre o sistema que você apresenta, então os "favores" não deve ser trocados por apenas uma parcela dos envolvidos, mas sim de todos quer participam...

    Pensando na sociedade, seria que os politicos fariam o favor de cumprir realmente o que prometeram para o bem da sociedade e a sociedade de bom grado os elegeriam novamente.

    E tudo bem contigo menina?

    Uma boa semana pra ti =P

    Fique com Deus, menina Meg.
    Um abraço.

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  3. Do teu irmao:
    "Só vive da verdade quem jamais se detém.
    Tentar e falhar sao, pelo menos, aprender. Nao chegar a tentar é sofrer a inestimável perda do que poderia ter sido.
    Começe fazendo o que é necessario. Depois, o que é possível,e, de repente, voçê estará fazendo o que é impossível."
    Ayrton Senna da Silva.

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  4. Meg, hoje é só para lhe dizer que tem um miminho no Começar de Novo. Espero que goste.
    Um beijinho
    Emília

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  5. Olá Meg
    Passei para ler a novidade e lhe deixar um grande beijo.
    Até mais.

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