terça-feira, 24 de novembro de 2009

Muros e Ilhas...


in google imagens

O solitário é um diminutivo do selvagem, aceite pela civilização (Victor Hugo)

Os muros e as ilhas representam, a divisão, exclusão, a solidão…`


Erguem-se os muros para protecção, mas também se construem para apartar gente, separar as pessoas pela resistência das pedras, dissuadir as etnias de se imiscuírem, inibir as ideologias de se propagarem, proibir convivência social.

Os muros existem ainda por todos os cantos do mundo, desde o México ao Médio Oriente, onde a segregação é assumida, num mundo que se proclama global.

As ilhas são a tradução do isolamento, da exclusão, pelo afastamento. Podem ser locais de fruição, quando se procura um retiro voluntário de descanso. Mas podem ser locais de exílio, de repúdio para franjas sociais estigmatizadas, pontos de ostracização, chão de desterro.

Ocupam-se as ilhas para privação na geografia mundial, desde as clássicas prisões americanas, às ilhas nas Molucas, onde a pobreza indigna a vida dos campos de refugiados.

Abatem-se algumas paredes, evacuam-se umas ínsulas, todavia, perduram as repressões, as quedas são simbólicas, ínfimas partes das muitas marginalizações que metade do mundo faz a outro meio, somente porque a igualdade defendida como direito universal não existe, mas subsistem os anátemas

A força fez os primeiros servos, a sua cobardia perpetuou-os. (Rousseau)