quinta-feira, 15 de abril de 2010

Escola na república in Google imagens

Para ter ideias claras sobre o futuro do nosso País é fundamental tê-las sobre o seu passado." (Carvalho Homem)

A transmissão dos legados patrimoniais, relativos aos valores ideológicos e culturais do passado, representa uma herança segura deixada aos jovens, ensinando-os a conhecer, cuidar e preservar das marcas deixadas pelos seus progenitores, construindo um memorial colectivo, para dar significado à vida.

A palavra ‘memória’ remete - nos necessariamente a outra, o ‘passado’. A memória é algo que se distingue do presente, mas que, ao mesmo tempo, faz parte dele. Por isso, tal como a memória, também o passado é entendido, sob o prisma do pensamento ocidental, num âmbito temporal distinto do presente.

É preciso não esquecer que a memória dos jovens está recheada por representações e noções sobre o passado, adquiridas nos contactos sociais. Os factores afectivos têm um peso decisivo nessas memórias colectivas e são até fonte de muitas interpretações unilaterais dos factos históricos, sendo que, por vezes, muitas delas são construídas a partir muitos esquecimentos. O próprio passado é visto em função do presente dependente das expectativas do futuro.

Consequentemente, o ensino da História deve contribuir para edificar uma memória fundada na informação crítica e plural, que inclua quadros de referência, para se continuar a perpetuar o passado, em função da reflexão sobre o mundo actual. Daí que a consciência histórica deva revestir um carácter humanistas, partindo das realidades próximas, locais, nacionais e europeias, com as quais nos identificamos, para a compreensão das afinidades e diversidade humana cultural, cuja memória colectiva seja entendida como uma representação do passado compartilhado, promovendo e definindo as identidades de grupo. Nos últimos tempos tem-se desenvolvido, ao nível social, uma crescente preocupação pela preservação do nosso património cultura, na a tentativa de colmatar as necessidades e deficiências locais neste campo, estando-se a converter numa orientação política para os autarcas.

É pois neste contexto, que a escola se inscreve como adjuvante na pesquisa da herança cultural e ensino dos valores patrimoniais, incentivando à preservação e promovendo a formação cívica, mas forjando sempre o espírito crítico.É fundamental avivar lembranças dos que ainda as guardam, escutadas dos seus pais e avós, como testemunhos vivos do passado, estendendo os seus depoimentos às novas gerações, que erguerão o memorial concelhio, em estreita colaboração com o lugar de aprendizagem por excelência, que são as escolas cheias de jovens em formação Deve dar-se primazia à articulação da aprendizagem global, formativa e cívica, no sentido da correlação entre novos ”aprendizes” e os “velhos” guardadores de memórias, em forma de trocas intergeracionais. `

"Só protegemos o que amamos, só amamos o que conhecemos"

(Lema da OPA )