sábado, 20 de junho de 2009

Um mar finito no infinito


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Nunca o mar foi tão imenso
quanto a minha solidão...
Era eu quem o olhava.
Quando o mar no horizonte desaparecia
e a areia não tinha fim sob os meus passos,
então o caos harmonizava -se serenamente.
E com a ordem restabelecida,
eu havia-me confundido finalmente
com esse mar.

domingo, 14 de junho de 2009

Ser ou não ser místico, eis a questão....



  

                                                           www.naturemarket.com.br/.../olhomistico



No seguimento de uma opinião nos "comentários "deste Blogg, pelo Zé Ernesto:

Tu, Místico....

Tu, místico, vês uma significação em todas as cousas. 
Para ti tudo tem um sentido velado. 
Há uma cousa oculta em cada cousa que vês. 
O que vês, vê-lo sempre para veres outra cousa. 

Para mim, graças a ter olhos só para ver, 
Eu vejo ausência de significação em todas as cousas; 
Vejo-o e amo-me, porque ser uma cousa é não significar nada. 
Ser uma cousa é não ser susceptível de interpretação. 

Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos" 
Heterónimo de Fernando Pessoa


Místico é o  que concebe a união indissolúvel entre o Universo e os seres, através da  essência primordial da vida,também denominada  Consciência Cósmica, ou Deus 
  O místico procura a presença do Ser Supremo , ou do inefável , nas profundezas de seu ser, fprocurando perceber tudo o que existe, todas as coisas, como fazendo parte de uma infinita e essencial unidade, em consecução dialética, de causa e efeito.
Poderá ser-se místico, sem que tenha necessariamente de se pensar através dos olhos de uma religião.
Pensar, reflectir, teorizar, tudo isto tem algo de místico....

A filosofia budista é profícua no culto do pensamento:
A essência da mente é o que se chama de "coração do despertar". Apesar de ser pura, pela nossa ausência de realização do que ela é, coração do despertar e impurezas ilusórias encontram-se misturadas. Essa mistura constitui a base da purificação, semelhante a um tecido branco maculado por manchas. O tecido pode voltar a ser branco graças ao fato de a brancura ser a sua natureza. Da mesma forma, a pureza é a natureza de nossa mente e nós podemos recobrá-la. Um carvão, ao contrário, não tem qualquer chance de se tornar branco, pois é originalmente negro. Se a ilusão, a dualidade e o sofrimento fossem a natureza de nossa mente, não teríamos qualquer possibilidade de nos livrarmos delas." -in princípios da Meditação, Dharma