segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

saudades dos nossos extintos...

imagens Google



No final, não nos lembraremos das palavras dos nossos inimigos, mas do silêncio dos nossos amigos - Martin Luther King

Vão-se dissipando os nossos. Cada vez vamos sendo menos, sentimos que apenas restamos…

O caminho não se traça, porque se vai traçando sempre que se caminha…Passo a passo alcança-se uma etapa, parte-se de cada uma para outra e percorre-se a via toda, em direcção ao fim. Aí já não há volta…Descarrega-se então o fardo da vida.

Terminam os constrangimentos, mas também os deleites que demos e recebemos ao longo da nossa jornada vivida. Ficam recordações que se propagam às gerações mais próximas, até se ofuscarem elas também num horizonte cuja linha se esvai com os resquícios dos testemunhos deixados por cá.

Perscrutaram-se memórias a partir dos vestígios, conheceram-se camadas da história de alguém, preencheram-se lacunas ideando acções criadas em função dos desejos e gostos dos autores, constroem-se biografias. Une-se o presente ao passado, comungam vidas ligadas por parentescos biológicos ou de afeições.

Depois, as sucessões preenchem o tempo e o espaço e perde-se para sempre a existência. Resta o lastro do ADN que perpetuará a espécie. Até sempre…