quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

O ontem e o hoje

Nota-se bem o desinteresse dos actuais governantes deste mundo, pelas "lições" da História-
É certo que não se vive duas vezes, os contextos variam, a evolução técnica e organizacional alteram os resultados, ainda que os factos pareçam idênticos.
Todavia, parece evidente, que toda a evolução humana se baseia na experiência repetida, pedagogicamente  edificante, porque sempre se aprendeu pelo erro.
Mas, onde pára este tipo de ensino, se os tecnocratas parecem ignorar os fenómenos estruturais e as marcas conjunturais do passado recente, cujos efeitos produziram estragos sociais?
As crises económicas são paradigmas deste enunciado. E elas abalam os homens e as mulheres numa vida que depende do ganho. 
Longe vai o período da vida das cavernas, em que o "comunismo primitivo" facilitava  a partilha, num espírito colectivo que se perdeu para sempre (?) com o sentido da propriedade privada, que o degelo veio colocar a descoberto... Os homens e mulheres saíram das grutas, do frio e da sobrevivência à mercê das oportunidades metereológicas e  encontraram no novo "paraíso"dos vales solarengos, descobrindo a produção  dos alimentos. Porém, nunca mais foram livres, passaram a uma vida de dominação, de desigualdade, de guerra, em função da posse.
Depois, veio o período longo da História, o mundo avançou, desenrolaram-se muitos acontecimentos, viveram-se muitos períodos matizados de abundância e de carência, de acalmia e de conturbação, de paz e guerra...
Hoje estamos cá nós a sentir os abalos, somos os seus protagonistas, vulgo, "sentimo-los na pele" 
E porque não tiveram presente os governantes destas "aldeias globais", que se aprende, relendo e revendo o passado?'

"Não podemos melhor aproveitar os nossos ócios do que familiarizando-nos com as magnificências do passado, conservando viva essa recordação e, ao mesmo tempo, contemplando as calamidades em que tudo se subverteu" - Karl Jaspers
  1.     

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Máscara

                                                                                                                                         In Imagens de máscars no Google
Quando a máscara cai...ficamos nus. 
É ela que nos faz passar despercebida por entre as gentes, dá-nos força, acalenta os nossos dias, faz-nos ser aceites no colectivo, espanta-nos os mêdos, convence-nos da superioridade, por vezes até de uma certa soberba.
A verdade é uma luz   crua e fria,sem as máscaras. Estas, pelo contrário, aparentam uma  graciosidade, iluminadas pelas gambiarras sociais, que tanto mais cintilam quanto mais variadas forem as luzes .
 Invocando como justificação  sermos aceites, expressam os muitas vezes actuações, cuja realidade, seria bem melhor para todos, que desmacarassemos, a partir do momento em que não estamos  à altura de as dominar. 
 O papel das ilusões na génese das  crenças vem do princípio da História da humanidade. A ilusão envolve-nos a existência,  vivemos por ela . Ilusões de amor, de ambição, de ódios mantêm a nossa actividade, amparando -nos a dureza do destino. O  drama é a razão de ser do personagem, função vital e necessária para a nossa existência, no meio dos outros.
A universalidade da máscara deve~se  às nossas qualidades  incertas e  á nossa visão confusa  das coisas tal como são, pois avaliamo-las abaixo ou acima do que elas valem  realmente e  relacionamo-las connosco da forma que convém ao nosso estado e às nossas espectativas,criando  esse erro de cálculo um verdadeiro  acto, em toda a sua plenitude.
"Ver claro é não agir", como dizia Pessoa, e, assim se vai usando a máscara nesta vida....