sábado, 12 de junho de 2010

Ser ou não ser...


Há sempre um vazio nas nossas vidas, por mais que elas se encontrem preenchidas…

Sentimos por vezes um inconformismo que povoa o nosso ser, nos acabrunha e nos faz sentir uns miseráveis, sem razões para existir, que numa revolta interior dá asas ao manifesto agreste de rejeição, de uma imensa vontade de desistir…

Depois, lentamente, vamos recuperando da nossa sublevação, esquecendo o tal vazio, até novas recaídas, porque o quotidiano nos apela, num choro de criança, num telefonema parental, num pagamento em último dia, na resposta a um apelo, no caminho para o trabalho…

Erguemo - nos, retomamos o percurso, continuamos , labutando, como se não houvesse amanhã: volta a necessidade, o obrigatório, volta o estímulo, a vontade, o ânimo, até à reincidência de um outro desalento, que teima sempre em retornar…

Enquanto isso, vivemos!