sábado, 25 de abril de 2009

Cravos em Abril

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Eu vi Abril por fora e Abril por dentro

vi o Abril que foi e Abril de agora
eu vi Abril em festa e Abril lamento
Abril como quem ri como quem chora.
(Manuel Alegre)

Há 35 anos nasceu uma esperança.
A juventude muito imatura de quem a viveu julgou que iria  surgir uma terra   nova, com uma vivência de liberdade que não era conhecida, mas era ansiada, porque o mundo estava a  mudar tão rapidamente, que conseguia quebrar os filtros ditatoriais, contagiando os espíritos volúveis, em crescimento, ávidos de novidade.
As bocas caladas iriam finalmente dar origem às palavras gritadas,  exigentes, brandindo ecos de protestos , reputando as restrições vigentes.
Rasgou-se o silêncio, fez-se a revolução, ouviram-se respostas sem sangue, juntaram-se vozes, multidões expectantes., houve uma Victoria limpa.
Os cravos ataviaram o cenário do dia e perpetuaram na História o símbolo do triunfo, cujo v esboçado nos dedos exibiam a vitória  sentida.
Tudo parecia  favorável para se ser feliz! As pessoas acreditavam numa mudança. a providência daria lugar à aventura, pela construção do futuro colectivo, assente no arbítrio de cada indivíduo, que actuaria  intrépido, sem grades erguidas, barreiras erigidas por um déspota, em nome da segurança nacional.Alinhar à esquerda
E hoje, por onde andam as certezas que acalentavam  as aspirações?
Os "ismos" perderam força, a fé na justiça desvaneceu-se, a liberdade alterou a sua essência.
 Houve  muitas  alterações que restringiram as convicções pela asserção que os factos vieram a comprovar. A dialéctica do real contrapõe-se à  linearidade das aspirações: nada se mostra como parece ser....
Os cravos vermelhos murcharam no cano das espingardas , mas os que foram metidos  na terra  reviveram. Todos juntos, os que crêem numa vida de direito devem continuar a replantar os cravos e regá-los, aparando as ervas daninhas que os invadem....

quinta-feira, 23 de abril de 2009

eles/elas, os Amigos e Amigas


"Sem amigos ninguém escolheria viver, mesmo que possuísse todos os demais bens " - Aristóteles

Amigo é aquele com quem conversamos,
independente da hora, sem reservas.
 O amigo sabe  sempre oferecer o aconchego do seu coração sem exigir  contrapartidas, esperando apenas um "agasalho" num dia de inverno no seu coração....
 A amizade é  uma forma  de amor, possui em si implícita a  reciprocidade, a afectividade,o  respeito, o carinho e  a confiança .
Amigo é  o  que nos sabe dizer o que pensa ser correcto, mesmo que essa dura verdade não seja o que gostaríamos de escutar...
 O Amigo  avisa - nos do perigo, sobretudo quando estamos "cegos", ou não queremos ver"....
O Amigo sabe dar e receber  sem pré-requisitos, tanto sabe ouvir, tanto quanto escutar...
O Amigo   ameaça zero, tolera cem, mas anima mil!

É uma relação de troca na qual o que importa mais é a lealdade, aceitando cada um é como é.