sábado, 18 de abril de 2009

O riso das zombarias...

      A
 gargalhada
 é o sol
quevarre
 o inverno
do rost
o
humano
 Victor Hugo







                                                 in amigosdaluz.com
Os motejos picantes têm consolado a humanidade, sempre que a gargalhada produzido por eles, desanuviam a mente, descontraem  as tensões, emprestam um poder dominante ao que graceja, ou ao espirituoso que riu da acção jocosa.

O riso advém do cómico de linguagem ou do cómico de situação. As formas  de paródia e ironia baseiam-se  na ilusão de realidade , aparecendo pelo  e com a estrutura do discurso, que toma a forma de cinismo.

Assim a sátira  é uma técnica literária ou artística que ridiculariza um determinado tema(indivíduo, organização, estado),geralmente como forma de intervenção política ou social com a finalidade  provocar (ou evitar) alguma forma de  mudança.

È uma prática que proporciona  muito mais deleite, na altura em que não é permitida. Dobram-se os efeitos, pelo picante provocado pelo "fruto proibido", que acciona o mecanismo do prazer no cérebro humano, responsável por sensações como a felicidade,"morada" do humor, como sensação cognitiva.

Por outro lado, o ridículo social  pode mesmo funcionar como  um espelho, na medida em que reflecte o ser que ri do escárnio, pelo recurso à  imaginação, já que todos nós nos representamos no espírito. colocando-nos  assim no lugar do visado. 

A satirização está presente na História do homem, é testemunhada em muitos escritores e muitos artistas, que souberam aproveitar as condições conjunturais em que viveram para fazer da zombaria a melhor forma de comunicação.

Há o riso vicentino, quixotesco,  dos cartoons, do teatro de revista, nos Blogs...

Mas há acima de tudo o riso do quotidiano, pelo gosto popular da diversão, como forma acessível de  encobrir as mágoas, que, apesar da textura diáfana, acabam por se cobrir pela gargalhada, que o ridículo consegue, ao envolver a malícia do gozo, que dá sentido ao dia a dia....

E então, na sua forma mais fácil, usa-se o palavrão, do qual e desfruta não só a vingança, como a transigência na linguagem interdita! É a auto-regulação das emoções, a oportunidade para a  purga dos infortúnios e dificuldades vividas. crtico  do alívio, pela descarga do obsceno.

São os "cornuti" na Itália, "hoder" em Espanha, "cabrão" em Portugal.....O poder catártico que produz o alívio e incita ao riso pelo ridículo.

 

 

 


terça-feira, 14 de abril de 2009

E Tomé tinha razão......


                                                                 In Gogle - imagens
 A fé é um  forma de sentir a vida.
 Um engano a nós mesmos, uma crença  é impossível de demonstrar, um sentido para a  existência, um exorcismo para os nossos medos?  A fé é adquirida através da educação, ninguém nasce com fé. Ou será que ela é inata?
Haverá talvez uma tendência  inerente à personalidade do ser humano, para crer em algo que  não carece absolutamente de qualquer tipo de evidência racional. Baseia-se  no dogma, como um conjunto de afirmações absolutas, que não permitem discussão: acredita-se simplesmente....
Quem tem fé encontra respostas para todas as dúvidas com que se depara, mesmo que elas se situem no campo da denominada "ficção", se tivermos em conta que o relativismo leva a que as verdades  variem conforme a época, o lugar e mesmo   o grupo social , pelo que aquilo a que chamamos surreal pode de facto não o ser ...
É que um paradigma pode vir a sofrer alterações,   a referência inicial, como base de modelo para  pesquisa, deixa então de ser um pressuposto e o que nos parecia ser imaginário, passa a ser uma realidade, explicada pela racionalidade entretanto evoluída pela ciência. Os desenhos de DaVince viraram construções fidedignas, Júlio Verne , contador de histórias, foi precursor do futuro que hoje até já é passado, Huxley  fez a profecia do admirável mundo novo!

Mas a fé é inabalável, não muda em função de um teorema, apenas se adapta ao seu corolário,mas mantém-se firme pela crença convicta de que há um comando superior, que tudo explica, mesmo o inexplicável.

Felizes aqueles que crêem
sem ter visto” (Jo 20,29)