Ter 80 anos....
Participei nesse evento.
Na verdade recordei a minha infância, quando acompanhei sem convicção esse aniversário com os meus avós. Na época parecia-me uma eternidade, eram velhos, de pele engelhada, ossos retorcidos, olhar encovado, andar lento, ideias retrógradas, manias de idoso.
Hoje alterei o meu sentimento, o meu olhar sobre a idade, sinto-me próxima, admiro o saber acumulado, a sobrevivência aos desgostos sentidos, as memórias dos momentos felizes, o respeito pelo proximidade de um fim, remando-se contra a maré, invertendo o tempo, em função do saber viver um dia de cada vez...
E já não são os meus avós, encurtou-se a distância, , a minha sogra, separa-me apenas uma geração!
O efémero é isto mesmo, a passagem tão breve, que quando paramos para pensar, olhamos para trás e damos conta do que já caminhámos, do que nos sobra e estamos lá...
A vida não se resume só o entusiasmo dos jovens; nem se restringe à reflexão dos velhos; não ese encontra apenas na audácia de uns, nem na experiência dos outros; edifica-se pela integração das virtudes contrárias, sem a qual a marcha da humanidade não seria possível, em todo o seu esplendor.
"Não mudamos com a idade na estrutura do que somos. Apenas, como na música, somo-lo noutro tom" - Vergilio Ferreira
mmmmmm
ResponderEliminarOi, Meg!
ResponderEliminarNão conhecia o livro que me indicou não. Fiz uma pesquisinha sobre ele e fiquei muito interessada. Vou lê-lo em breve.
Adorei a dica. Muito obrigada!
Beijinhos