sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

censurado!!!!

resistir.info- in imagens Google
"Quando os justos são exaltados,o louvor beneficia a quem o faz e não a quem é louvado."
Alguém se dirige ao anónimo e todos de imediato desviam o olhar, depois a atenção e por fim a fala.Os olhos, o pensamento e as palavras lançam para a ribalta os exaltadores....
"O que tu queres é aparecer!!!!" - clama o "tonto" - "Vai mas é trabalhar...."
E como me apetece também ser "tonta"!Esses seres a quem tudo é levado a sorrir, ainda que amarelo...todas a falas são levadas em desconto duma cabeça quase irracional e uma linguagem condizente, porque...convém ao ouvinte claro!
Mas o tonto já vem do tempo vicentino, desempenha uma função social, bem racional, bem emitida a mrnsagem, porque os "tontos" não conhecem a censura....

O louvor enche a cauda ao "pavão", debita teorias acerca do louvado e eis enquanto chega ao podium num instante, reconhecido e acalorado pelo aplauso colectivo.
Há sempre os ganhadores e os perdedores, uns fazem-se à custa dos outros.

É Carnaval, vou-me disfarçar de TONTA,actuar em conformidade....será que há censura???

Cum laudantur boni, non laudatis sed laudantibus prodest -Sto Agostinho

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Os convencidos....

Itálico www1.istockphoto.com
Convencidos da vida há-os, afinal, por toda a parte, em todos (e por todos) os meios. Eles estão convictos da sua excelência, da excelência das suas obras e manobras (as obras justificam as manobras), de que podem ser, se ainda não são, os melhores, os mais em vista.
Praticam, uns com os outros, nada de genuinamente indecente: apenas um espelhismo lisonjeador. Além de espectadores, o convencido precisa de irmãos-em-convencimento. Isolado, através de quem poderia continuar a convencer-se, a propagar-se? -
Alexandre O'Neill
Não poderia ser melhor!
Hoje surgem às centenas em tudo quanto é lugar: no trabalho, na TV, nos jornais, no ginásio,no café.....
Culto da personalidade? Tornou-se então numa generalização este convencimento, ao ponto de se transformar numa característica, sob forma de objectivo, uma competição. É fomentada no seio de muitas famílias, que cultivam a "petulância", entendendo-a como arma de defesa social. Uma boa postura, um bom ar e um toque de cultura denotam uma superioridade, que ajudam a criar um super-ego, ocultando as fraquezas da penumbra daquele que se quer impôr.
Depois, é só treinar, praticando, recorrendo-se à auto-sujestão, como forma de interiorização. Acreditar que se é capaz, mesmo quando se comentem erros, há que recuperar, continuar, com uma "performance" hábil, em prol da sua vaidade.
Quem não os vê por aí???

No corre-que-corre, o convencido da vida não é um vaidoso à toa. Ele é o vaidoso que quer extrair da sua vaidade, que nunca é gratuita, todo o rendimento possível. Nos negócios, na política, no jornalismo, nas letras, nas artes. É tão capaz de aceitar uma condecoração como de rejeitá-la. Depende do que, na circunstância, ele julgar que lhe será mais útil. O'Neill , in "Uma Coisa em Forma de Assim"

Contemplação

Aristóteles disse:
"Quanto mais se desenvolve a nossa faculdade de contemplar, mais se desenvolvem as nossas possibilidades de felicidade, e não por acidente, mas justamente em virtude da natureza da contemplação. Esta é preciosa por ela mesma, de modo que a felicidade, poderíamos dizer, é uma espécie de contemplação..."