domingo, 31 de maio de 2009

A caminho da viagem de finalistas


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Para além da curva da estrada 
Talvez haja um poço, e talvez um castelo, 
E talvez apenas a continuação da estrada. 
Não sei nem pergunto. 
Enquanto vou na estrada antes da curva 
Só olho para a estrada antes da curva, 
Porque não posso ver senão a estrada antes da curva. 
De nada me serviria estar olhando para outro lado 
E para aquilo que não vejo. 
Importemo-nos apenas com o lugar onde estamos. 
Há beleza bastante em estar aqui e não noutra parte qualquer. 
Se há alguém para além da curva da estrada, 
Esses que se preocupem com o que há para além da curva da estrada. 
Essa é que é a estrada para eles. 
Se nós tivermos que chegar lá, quando lá chegarmos saberemos. 
Por ora só sabemos que lá não estamos. 
Aqui há só a estrada antes da curva, e antes da curva 
Há a estrada sem curva nenhuma. 


Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos" 
Heterónimo de Fernando Pessoa

Viajar com jovens, na sua viagem de finalistas.... uma semana fora, curtir a praia, a novidade, o grupo.

O Adeus aos livros!

 
Recordam-se vocês do bom tempo d'outrora, dum tempo que passou e que não volta mais...quando tudo sorria sempre, mesmo quando os dias amanheciam cinzentos, para logo se inundarem  novamente de luz , quando os nos amigos apareciam em bandos.  
Os professores acompanham os estudantes nessas viagens, despem as suas capas de doutores, arrumam os livros, calçam sapatilhas e revisitam a suas passada mocidade!
Momentos  livres, dias de crescimento, lugares desbravados!!!
Estes projectos e as suas iniciativas têm de oferecer  vivências, que visem lançar os alunos, em fim duma fase da sua vida académica, para uma  experiência, que se guardará na  memória futura, como uma bela recordação da juventude essa mesmo, que só se vive uma vez!


Lembremos as palavras de David Mourão Ferreira,  consagrado e saudoso poeta da actualidade portuguesa.
Elas resumem tudo o que sentimos na flor da idade, num ambiente de verão:


"Jovens e nus frente ao mar, estão presentes em cada célula do seu corpo. Mas a vida que têm é demais para eles e não sabem que fazer dela. Emergem da água rutilantes e riem. Depois deitam-se na areia, gastam o dia e a noite a amar-se, a embebedar-se, a estoirar todo o prazer e forças que têm. E ficam ainda com vida por gastar. É desses sobejos já com bolor que terão de viver depois na velhice"