Quando a máscara cai...ficamos nus.
É ela que nos faz passar despercebida por entre as gentes, dá-nos força, acalenta os nossos dias, faz-nos ser aceites no colectivo, espanta-nos os mêdos, convence-nos da superioridade, por vezes até de uma certa soberba.
A verdade é uma luz crua e fria,sem as máscaras. Estas, pelo contrário, aparentam uma graciosidade, iluminadas pelas gambiarras sociais, que tanto mais cintilam quanto mais variadas forem as luzes .
Invocando como justificação sermos aceites, expressam os muitas vezes actuações, cuja realidade, seria bem melhor para todos, que desmacarassemos, a partir do momento em que não estamos à altura de as dominar.
O papel das ilusões na génese das crenças vem do princípio da História da humanidade. A ilusão envolve-nos a existência, vivemos por ela . Ilusões de amor, de ambição, de ódios mantêm a nossa actividade, amparando -nos a dureza do destino. O drama é a razão de ser do personagem, função vital e necessária para a nossa existência, no meio dos outros.
A universalidade da máscara deve~se às nossas qualidades incertas e á nossa visão confusa das coisas tal como são, pois avaliamo-las abaixo ou acima do que elas valem realmente e relacionamo-las connosco da forma que convém ao nosso estado e às nossas espectativas,criando esse erro de cálculo um verdadeiro acto, em toda a sua plenitude.
"Ver claro é não agir", como dizia Pessoa, e, assim se vai usando a máscara nesta vida....
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