Morre-se nada quando chega a vez é só um solavanco na estrada por onde já não vamos morre-se tudo quando não é o justo momento e não é nunca ...
Mia Couto
Morre-se quando não existe mais ninguém pela qual se tenha vontade deviver…
Quando então a luz se apaga, resta apenas uma eterna noite para dormir
A morte é docemente azulada lembrando o céu que é um conjunto de gases, sem forma que representam o nada, a tranquila flutuação no volátil apaziguador das horas que pararam o registo dos ponteiros onde ela, a morte, se escondeu durante tanto tempo da nossa existência.
E a cor da morte pacifica a dor, enquanto alívio, serenamente o nada envolve-se do tom celestial para o que repousa, pintando de negrume o coração dos que choram a perda.
O contraste é avassalador, mas tão real, que nos esquecemos propositadamente que ele existe, ainda que a nossa memória selectiva se iluda com receio de ir ao encontro do azul, mas também de se tingir de negro…
Morre-se quando não existe mais ninguém pela qual se tenha vontade deviver…
Quando então a luz se apaga, resta apenas uma eterna noite para dormir
A morte é docemente azulada lembrando o céu que é um conjunto de gases, sem forma que representam o nada, a tranquila flutuação no volátil apaziguador das horas que pararam o registo dos ponteiros onde ela, a morte, se escondeu durante tanto tempo da nossa existência.
E a cor da morte pacifica a dor, enquanto alívio, serenamente o nada envolve-se do tom celestial para o que repousa, pintando de negrume o coração dos que choram a perda.
O contraste é avassalador, mas tão real, que nos esquecemos propositadamente que ele existe, ainda que a nossa memória selectiva se iluda com receio de ir ao encontro do azul, mas também de se tingir de negro…
Olá amiga Meg.
ResponderEliminar"Morre-se quando não existe mais ninguém pela qual se tenha vontade de viver…"
Então minha boa amiga, eu não quero ainda partir. Ainda tenho alguém por quem vale a pena viver.
Beijos minha amiga
Victor Gil
Morre-se quando se deixa de sonhar.
ResponderEliminarO poema da uma visão suave da morte, tão suave quanto o azul.
Beijos
Morte apaziguadora do turbilhão de sentimentos que nos preenchem a vida a velocidade não controlada. Com lentidão façamos a conquista do espaço que efemeramente ocupamos criando a ilusão de os poder controlar. Façamos paragens, tenhamos a ilusão de nos apoderarmos disto e daquilo...
ResponderEliminarÉ no controle da ilusão que conseguimos sobreviver!
Só espero que leve bastante tempo para que o meu fim chegue...
ResponderEliminarE bela poesia.
Fique com Deus, menina Meg.
Um abraço.
Olá amiga. A morte é sempre algo que nos assusta,apesar de sabermos que é a coisa mais certa que temos. Agora lembrei-me de uma música de Gilberto Gil que vem muito a propósito
ResponderEliminarNão tenho medo da morte
não tenho medo da morte
mas sim medo de morrer
qual seria a diferença
você há de perguntar
é que a morte já é depois
que eu deixar de respirar
morrer ainda é aqui
na vida, no sol, no ar
ainda pode haver dor
ou vontade de mijar
a morte já é depois
já não haverá ninguém
como eu aqui agora
pensando sobre o além
já não haverá o além
o além já será então
não terei pé nem cabeça
nem figado, nem pulmão
como poderei ter medo
se não terei coração?
não tenho medo da morte
mas medo de morrer, sim
a morte e depois de mim
mas quem vai morrer sou eu
o derradeiro ato meu
e eu terei de estar presente
assim como um presidente
dando posse ao sucessor
terei que morrer vivendo
sabendo que já me vou
então nesse instante sim
sofrerei quem sabe um choque
um piripaque, ou um baque
um calafrio ou um toque
coisas naturais da vida
como comer, caminhar
morrer de morte matada
morrer de morte morrida
quem sabe eu sinta saudade
como em qualquer despedida.
Linda e profunda esta letra!!! Está tudo dito. Um beijinho
Emília
Desculpe o « Marta disse ». É que a minha filha esteve a usar o meu comp. e não reparei nesse facto; no entanto sabe quem sou..., sou do Começar de Novo. Beijinhos
ResponderEliminarEmília
por tudo o que dizes é que existem tantos mortos vivos
ResponderEliminarbjs