
Os mortos renasceram.
Os vivos morreram.
O sol apagou-se.
As estrelas romperam-se.
O céu incendiou-se.
O universo contraiu-se.
E foi o dia do juízo final…
A eternidade deu.se!
E fez-se nada.
Até sempre….
Um novo ser.
Um ser de novo.
Ou Cochichar.... ".Há aforismos que são como pequenos capítulos do livro que se quereria escrever" disse um dia Agostinho da Silva
Os mortos renasceram.
Os vivos morreram.
O sol apagou-se.
As estrelas romperam-se.
O céu incendiou-se.
O universo contraiu-se.
E foi o dia do juízo final…
A eternidade deu.se!
E fez-se nada.
Até sempre….
Um novo ser.
Um ser de novo.
“Há sempre os ganhadores e os perdedores, uns fazem-se à custa dos outros. -Sto Agostinho
Alguém se dirige ao anónimo e todos desviam o olhar, depois a atenção e por fim a fala…
O louvor intumesce a cauda ao "pavão", proclama com mestria de oratória o louvado e, eis então, que este chega à ribalta num ápice, consagrado pelo aplauso colectivo.
Convencidos da vida existem afinal por toda a parte, em todos e, por todos os meios. Eles estão convictos da sua excelência, da superioridade das suas obras, que sabem manobrar, em prol da sua finalidade, ávidos de projecção social.
Hoje surgem às centenas em tudo quanto é lugar: na política, no trabalho, na TV e jornais, no ginásio, no café e até nas obras sociais…
Culto do ego, ou idolatria social?
Converteu-se então numa generalidade esta presunção, ao ponto de se transformar numa característica adquirida, sob forma de litigância social. É fomentada no seio de muitas famílias, que cultivam a "petulância", entendendo-a como arma de defesa da sua posição civil. Uma boa postura, um bom ar e um toque de cultura, dissimulada na exibição de um canudo, ajudam a criar um “super-ego”, ocultando fraquezas da penumbra daquele que se quer alardear.
Depois, é só treinar, praticando o auto-convencimento, como forma de acreditar que se é capaz, numa "performance" hábil, em prol da sua vaidade.
Quem não os vê por aí?
No corre-corre diário, o convencido da vida não é um pernóstico à toa. Ele quer extrair da sua vaidade não gratuita, todo o rendimento possível. Nos negócios, na política, no jornalismo, nas letras, nas artes…
Os epítetos arcaicos da nobiliarquia foram substituídos pela antonomásia expressa pelo “Dr.” e vai-se perdendo a individualidade, para se globalizar um sectarismo de sujeitos abrangidos por aquela metonímica que fez deles homens doutos e, portanto, com direito tácito a proeminência nalgumas sociedades actuais, herdeiras das culturas clássicas de organizações sóciais demasiado estruturadas, com um Antigo regime tardio.
Prevalece assim o fervor dos títulos, arreigados a uma tradição de exuberância, cujos trajos “de luzes” têm ofuscado os comuns, funcionando como um disfarce que dominou os pelintras face à fidalguia, que ostentava o brasão, ou os “futricas,” em relação aos homens da “beca”no século XIX, portadores de insígnias com prerrogativas nobiliárquicas”.
Mas, quando a máscara da vaidade cai...fica-se nu, como todos vieram ao mundo, como todos haverão de partir dele!
É o disfarce que nos faz passar incólumes por entre as gentes, dá-nos força, acalenta os nossos dias, faz-nos reconhecidos na colectividade, espanta-nos os medos, convence-nos da superioridade, cultiva a soberba.
A realidade é uma luz fria, sem socapas iluminadas pelas gambiarras sociais, que tanto mais cintilam quanto mais variadas e potentes forem as acendalhas, contrapondo o homo vitroviano, a cru, anatómico.
"Ver claro é não agir", escreveu Fernando Pessoa Porém, poucos vislumbram com clareza, por isso encontram no espavento de um cognome, a melhor “muleta” um mérito, tantas vezes oco.
“Nem que essa grandeza possa ser breve…. Praticam uns com os outros apenas um “espelhismo” lisonjeador… “ - Alexandre O'Neill
Há muito que vês todas as histórias
de personagens passantes por essas paragens.
Abrindo sucessivos caminhos e atalhos,
numa busca desenfreada, pela vida realizada.
Descansando na tua sombra o cansaço...
Achando por fim, o seu derradeiro lugar.
No horizonte, essa procura incerta, mas desejada,
será marcada, nos veios do teu tronco calejado.
Os viajantes inquietos,que em ti confiaram
Tantos suspiros soprdos!Tants risos dobrados!
tanta tristeza, Tanta alegria!
Espias do alto a morte,mas alimentas a vida.
Meg
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As estrelas nascem, brilham e morrem….
Mas a fama tem um preço:
Despertam iras e rancores, que se erguem da poeira que envolve a sociedade sedenta de inveja.
Enquanto a magnificência resplandecente perdura, através de um corpo pujante, atendo as chamas do seu potencial criativo, a vida é bela!
A magnitude do endeusamento à escala planetária desmesura o ser adorado, convertendo-o a pouco e pouco num perdulário despersonalizado.
Exige-se cada vez mais luz!!!!
Observa-se o recurso a uma forma de mimetismo, em consonância com a reclamação colectiva.
A estrela transfigura-se, perde a identidade. Cria um fetiche ofuscando o seu “eu” pela ilusória versão do sucesso efémero.
Como se não existisse amanhã!
Um dia o sol apaga-se. Salda-se a dívida contraída com o corpo.
o seguiu com o seu olhar zeloso,
quando esta emite o último suspiro…
sem o esquecimento o que foi torturado,
o que perdeu a identidade,
o perseguido, o ostracizado
o mal-amado,
quando a escuridão emergiu das brumas
e o mundo lhe fechou as portas…
Faz-se o luto:
A catarse ameniza a dor,
Desvanece-se a intensidade do sofrimento,
Renova-se um filamento da vida,
Ilumina-se um atalho.
De face cabisbaixa,
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Nunca o mar foi tão imenso quanto a minha solidão... Era eu quem o olhava. Quando o mar no horizonte desaparecia e a areia não tinha fim sob os meus passos, então o caos harmonizava -se serenamente. E com a ordem restabelecida, eu havia-me confundido finalmente com esse mar. |