quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
O amor é cego...deveria ser lúcido
quinta-feira, 9 de junho de 2011
Vínculo...voluntário
terça-feira, 29 de março de 2011
Desalinhados
"Os jovens estão mais aptos a inventar que a julgar; mais aptos a executar que a aconselhar; mais aptos a tomar a iniciativa que a gerir" - (Francis Bacon)
A geração da meia idade actual de pais educaram os seus filhos , em nome de uma protecção desvirtuada, recheada de caprichos , cuja abundância de teres os tornou obstinados e sobretudo insatisfeitos, com um desejo desmedido, nada saudável, porque não se prepararam nunca para perder...
Esta geração de filhos que não foram orientados para saber lidar com frustrações, essas mesmas que têm feito parte parte do percurso da vida humana desde o passado, intrínsecas aliás, à sua evolução , cuja memória dos vindouros rapidamente esqueceu, porque o bem-estar obviamente marca o cérebro com sinais positivos, decorrentes das endorfinas responsáveis pela satisfação, que rapidamente se instalam e se tornam viciantes. Foram as últimas descendências privilegiados na infância e na adolescência, que cresceram sem que lhes pedissem grandes sacrifícios.
Na verdade tudo passou a ser descartável: os estragos substituíam-se facilmente por coisas novas, porque a sociedade o instituiu.A juventude assimilou-o, incutindo hábitos de desperdício em tudo . A ideia de obter veio a substituir a de conseguir alcançar através do ganho merecido.
Hoje o mundo mudou. Tal como já havia mudado já muitas vezes na cronologia do mundo: a períodos de abastança, seguem-se os de carência, é quase cíclico,a História prova-o.Aqui e agora estamos a sofrer uma crise económica que se repercute de imediato na vida social. Sofre-se! O fácil tornou-se difícil!
Só os valores ligados à prática quotidiana, para além da moral e de qualquer religião específica, mas aqueles adquiridos pragmaticamente, em função da sobrevivência no seio da comunidade e em prol do bem comum, poderão servir de escudo a esta geração ansiosa e revoltada, receosa da dureza que se evidencia, com fracas competências para lidar com o "pouco", habituada a mordomias provenientes duma abastança fugaz, mas apetitosa.
É preciso reaprender a lidar com o malogro, ultrapassar barreiras com humildade ( não com humilhação), ser criativo e saber fazer, antes do saber estar.
"O que se aprende na juventude dura a vida inteira" -(Francisco Quevedo)
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
Dissimulação
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
saudades dos nossos extintos...
No final, não nos lembraremos das palavras dos nossos inimigos, mas do silêncio dos nossos amigos - Martin Luther King
Vão-se dissipando os nossos. Cada vez vamos sendo menos, sentimos que apenas restamos…
O caminho não se traça, porque se vai traçando sempre que se caminha…Passo a passo alcança-se uma etapa, parte-se de cada uma para outra e percorre-se a via toda, em direcção ao fim. Aí já não há volta…Descarrega-se então o fardo da vida.
Terminam os constrangimentos, mas também os deleites que demos e recebemos ao longo da nossa jornada vivida. Ficam recordações que se propagam às gerações mais próximas, até se ofuscarem elas também num horizonte cuja linha se esvai com os resquícios dos testemunhos deixados por cá.
Perscrutaram-se memórias a partir dos vestígios, conheceram-se camadas da história de alguém, preencheram-se lacunas ideando acções criadas em função dos desejos e gostos dos autores, constroem-se biografias. Une-se o presente ao passado, comungam vidas ligadas por parentescos biológicos ou de afeições.
Depois, as sucessões preenchem o tempo e o espaço e perde-se para sempre a existência. Resta o lastro do ADN que perpetuará a espécie. Até sempre…
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Natividade
Tempo de Natal!
Nascemos portadores do nosso futuro. O lastro do instinto para a iluminação reside na latência daquilo a que se chama de alma, que se alimenta do que aprende, sem contudo se desligar da essência, da aptidão, cujo potencial qualitativo aportará num acervo de competências capazes de transmitirmos aos que de nós germinaram.
As nossas rotinas misturam-se com os nossos sonhos. É por isso que nunca encontramos a nossa paz interior. Por vezes a doença, ou o desgosto, ao abrirem as portas da nossa fragilidade, também nos abrem para a humanidade, percebendo as subtilezas do universo.
As nossas energias andam aprisionadas nas memórias inconscientes que trazemos connosco, há quem as classifique de herança "cármica", marcada nos genes, que, somente com a maturação da vida se expande, se liberta das cargas sociais impostas e torna os nossos actos criativos, numa união equilibrada do racional com o emocional, deixando agir a nossa “alma”.
Quando derradeiramente renegamos o sucesso materialista para nos reconciliarmos com o nosso verdadeiro ser, aquele que percebe a condição humana. Então decantámos as nossas vivências e purificamos a nossa existência com uma maior harmonia, escutando o som do Universo. Finalmente somos…
Mandala?Ou aspiração à Paz....
É Natal!
terça-feira, 30 de novembro de 2010
públicas virtudes, vícios privados
A sociedade em geral dá permanentemente informações ao indivíduo que vão sendo usadas na construção da auto-imagem do sujeito e que contribuem decisivamente para que este vá edificando uma imagem mais ou menos positiva de si mesmo. A família não é a única responsável nesta construção, mas cimenta nela uns "pilares” de suporte para o futuro do indivíduo.
Virtudes são todos os hábitos constantes que conduzem o homem para o bem, quer como indivíduo, quer como espécie, quer pessoalmente, quer colectivamente, no sentido laico e portanto cívico. A auto-estima é a percepção que cada um tem de si mesmo, em termos afectivos. Esta resulta de um longo processo, determinado por uma panóplia de experiências que surgem na sequência de vivências em diferentes contextos: os êxitos e fracassos, o estilo educativo incutido, as avaliações sofridas, os valores e modelos sociais são algumas das “peças” que vão sendo transmitidas, construindo a personalidade.
Amizade, compreensão, generosidade, justiça, lealdade, obediência, perseverança, respeito, honestidade, sinceridade, são todas as qualidades de vida que se destacam acima dos valores religiosos.
Mas quem as pratica? Quem bebeu o chá da educação casta? Os que se afastaram das tentações nefastas da sociedade? Ou os sofredores, ostracizados, os que saíram da escumalha, os marginais?
Damo-nos de caras com os “bem – criados”, em lugares cimeiros, condecorados pelo mérito da excelência, que um dia deixam a descoberto o reverso de medalha, que no verso guarda o contraponto da escória do perverso. E há deles que provindos do “lixo”, limpam a alma, purificam a vida, praticam a dignidade, são cívicos.
Quando nos primeiros o “pano cai”, é o desmascarar dos embustes e de falsas santidades. É a inversão das virtudes, em pecados capitais. Desfilam no rol a gula, a inveja, a ira, a luxúria, a preguiça, a soberba, a avareza. A metamorfose dos intocáveis… E há tantos por aí!
Não se pode construir o palácio da caridade sobre as ruínas da justiça.